Jogo do Santos feminino teve possível manipulação envolvendo apostas
No dia 20 de junho de 2022, o presidente do Santos, Andrés Rueda, revelou em uma entrevista coletiva que um funcionário do departamento de futebol feminino do clube tentou subornar uma jogadora do Bragantino em um jogo do Campeonato Brasileiro Feminino. O funcionário em questão era o preparador de goleiras Fabrício de Paula, que foi demitido.
Funcionários do Bragantino também estavam envolvidos na polêmica. Eles também foram desligados do clube de Bragança. A atleta a quem foi oferecido o suborno foi a goleira Karolainy Caline Alves. Ela foi abordada quando estava indo se alimentar no hotel em que se encontrava hospedada. Fabrício teria oferecido dinheiro para ela sofrer gols propositalmente, dando até dicas de maneira para ocorrer os lances.
Karolainy recusou propostas de R$ 5 mil e, depois, de R$ 10 mil. O objetivo do preparador era se beneficiar e ter lucro em um esquema envolvendo apostas esportivas. Ele também disse para a atleta que dois funcionários do Red Bull Bragantino receberiam, cada um, R$ 5 mil. Mas a oferta foi novamente recusada.
A goleira denunciou o ocorrido ao coordenador de futebol do Santos, Gabriel Mastrodomenico. Os clubes envolvidos não sofreram punição por não estarem ligados diretamente ao esquema. O preparador do Peixe e os dois funcionários do RB Bragantino foram julgados no dia 12 de agosto. O funcionário do Santos foi multado em R$ 20 mil e suspenso por 180 dias de sua função. Outros envolvidos no caso, os ex-funcionários do Bragantino foram absolvidos em primeira instância.